terça-feira, 12 de maio de 2009

Crônicas experimentais VI

O nada.
preenche tudo com um vazio insaciável
com uma cor de ácido inoxidável
de ferida descartável
de algo lamentável.
metade corrida
saudade ardida
cometa a subida
na cara lânguida
na cereja lambida
que preste apertada
que veste avantajada
que coisa enxaguada
que cara lavada
que coisa exaurida
na meia ausência
na feia evidência
da minha reversidade
e não tem uma simples verdade
que me encha de medo
ou uma simples saudade
que não me deixe em cheio.
saúda a simples da tarde
debuta na feia da cidade
na praça na bandeja
no copo ou na cerveja
formigas crocantes
com gosto de areia
salgada sofrida
lambendo a ferida
gostaram ou ficaram
sólida vontade
enjoativa piedade
da minha fé na enxada
que corta a madeira
e aquece meus filhos.
cansaram?
eu tambem.

28 de abril de 2006

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